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Quarto e Quinto ano do EF 9 anos

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008













Viagem de Estudo da Quarta Série-



A trilha do Carvão da Região de Criciúma

Data:( a combinar)


Querido Aluno(a) pesquisador(a)

Após a Viagem de Estudo, iremos preencher o material de avaliação, nosso

PORTFÓLIO

Data da Entrega: ?/?/09




Material de apoio para o aluno relatar seu trabalho de pesquisa criado pela

Entre aqui: htp://picasaweb.google.com.br/marques.crescer/PortfLioProjetosEViagensDeEstudo



1- Material de Pesquisa - O carvão mineral-












Carvão Mineral

Carvão Mineral é um combustível fóssil natural extraído da terra por processos de mineração. É um mineral de cor preta ou marrom ...
No Brasil, as principais reservas de carvão mineral estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em ordem decrescente.


Reservas do Brasil
milhões de toneladas
Rio Grande do Sul 20.859
Santa Catarina 1.941
Paraná 179
São Paulo 10
Total 22.888

Ultimamente, com a descoberta da jazida da Santa Teresinha – RS, a CPRM registra reservas da ordem de 23 bilhões de toneladas, porém o Brasil importa anualmente 12 milhões de toneladas de carvão siderúrgico, afora o carvão vegetal usado na redução de ferro gusa, nas siderurgias.


Composição do carvão do Brasil

Até a crise energética mundial de 1972, o país não ligava para o nosso carvão, alegando ser de baixa qualidade, pelo teor de cinzas. Com a crise, estudos foram realizados surgindo a CAEEB, Companhia Auxiliar de Estudos Elétricos Brasileiros, que ficou encarregada de desenvolver o consumo do nosso carvão, com verbas do CNP, traçando inicialmente um programa de suprir as fábricas de cimento, decidiram levar o carvão somente até o porto de Espírito Santo.

Composição
Carbono 59,87%
Hidrogênio 3,78%
Oxigênio 7,01%
Enxofre 2,51%
Cinzas 26,83%
Total 100%
Comparação dos carvões latino-americanos com base no PCI, função do teor de enxofre:

1º Chileno
2º Colombiano
3º Peruano
4º Mexicano
5º Brasileiro


Capivari de Baixo é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 28º26'41" sul e a uma longitude 48º57'28" oeste, estando a uma altitude de 100 metros. Sua população estimada em 2004 era de 19 934 habitantes, com área de 46,9 km².

Capivari de Baixo é sede do Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda (Tractebel Energia), considerado o maior complexo termoelétrico a carvão da América Latina. O Complexo Termoelétrico pode ser visto às margens da rodovia BR-101. Capivari de Baixo também é conhecida como a capital termoelétrica da América Latina. Baseado em tecnologias italiana, alemã e tcheca, o complexo termoelétrico também contribui em outros ramos da atividade industrial, como o desenvolvimento da região carbonífera do estado e o incremento da estrada-de-ferro Dona Teresa Cristina.

O complexo é formado por três usinas térmicas, com potência total de 853 MW. Fazia parte do parque gerador da estatal Eletrosul, juntamente com outras duas usinas térmicas, três usinas hidrelétricas e duas usinas em construção. Todo o parque foi privatizado no segundo mandato da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.








A data foi instituída em 1940, no México, quando se realizou o I Congresso Indigenista Interamericano, que tratou das condições de vida dos índios. Representantes de diversos países da América participaram do congresso. Os índios também foram chamados. Como já estavam habituados a perseguições e outros tipos de desrespeito, a princípio preferiram manter-se afastados e não aceitaram o convite. Dias depois, após refletirem sobre a importância da reunião na luta pela garantia de seus direitos, muitos índios decidiram comparecer. Então, a data de 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio em todo o continente americano.

No Brasil, o ex-presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, em 1943, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, também homenageasse os índios em 19 de abril.

De onde vêm os índios
Ainda hoje, historiadores dedicam-se a pesquisas para descobrir de onde vêm os índios. O objetivo de todo esse estudo é conhecer por onde os primitivos habitantes chegaram ao continente. Quando isso aconteceu? De onde vieram? Como foi direcionado o povoamento?

O primeiro contato entre índios e portugueses, em 1500, foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos.

Só em território brasileiro, o número de nativos chegava a 5 milhões, aproximadamente. Esses índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com a língua na qual se comunicavam: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuis (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Entretanto, muitas das tribos hoje existentes não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que elas perdessem sua identidade cultural.

Sobrevivência indígena
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, batata-doce e principalmente da mandioca. A agricultura era praticada de forma bem simples, sendo utilizada a técnica da coivara (derrubada da mata e queimada para limpar o solo e depois plantar).

Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. O professor Edu Coruja faz questão de lembrar que os índios respeitam muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Da madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas ocas (casas). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucu (ou urucum, é uma planta originária da região amazônica de cujas sementes extrai-se um corante vermelho) era muito usado para fazer pinturas no corpo.

Entre os indígenas não há classes sociais como nas sociedades de homens brancos. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e, quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Geralmente, apenas os instrumentos de trabalho (machados, arcos, flechas, arpões) são individuais. O trabalho na tribo é realizado por todos; porém, há uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

Organização e educação
Os índios vivem em aldeias. O pajé e o cacique são duas figuras importantes na organização das tribos. O pajé é o sacerdote, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois sabe usar as ervas e fazer os chás para curar doenças. O pajé evoca os deuses das florestas e dos ancestrais em rituais de cura. O cacique é o chefe da tribo. É ele quem organiza e orienta os demais índios.

A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios - conhecidos como curumins - participam bastante da vida da aldeia e por isso, aprendem desde pequenos. Eles observam os adultos para depois treinar como devem agir. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que o filho aprenda. Portanto, a educação indígena é bem prática e ligada à realidade da vida da tribo. Quando atinge 13 e 14 anos, o jovem passa por um teste e por uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

Você deve estar se perguntando se os índios brasileiros vão para escola. Vão, sim! Dos cerca de 400 mil índios, 150 mil estão em idade escolar e são atendidos em escolas de ensino médio e fundamental em suas aldeias ou em municípios próximos. Há também mais de mil jovens indígenas que freqüentam diversas universidades e faculdades brasileiras.

Religião índigena

Cada nação indígena possui crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Em homenagem a esses deuses e espíritos, fazem rituais, cerimônias e festas. Algumas tribos enterram os corpos dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde, além do cadáver, ficam os objetos pessoais dos mortos. Isso mostra que esses grupos acreditam numa vida após a morte.


Índio quer e merece respeito
Desde o início da colonização, os índios foram escravizados pelos portugueses. E foi a partir dessa colonização que eles ficaram sujeitos às leis dos homens brancos. De donos e principais habitantes do País, eles passaram a ser minoria. Isso porque os colonizadores viam os índios como seres inferiores e incapazes, que precisavam adquirir novos hábitos para estarem aptos a conviver com eles.

Os nativos perderam sua autonomia e passaram a viver em função das leis que os homens brancos criavam para eles ou a respeito deles. Com o propósito de preservar a cultura indígena, no dia 19 de dezembro de 1973, instituiu-se o Estatuto do Índio, que hoje regula a situação jurídica dos índios e das comunidades indígenas.

A Constituição Brasileira de 1998 foi a primeira a trazer um capítulo sobre os indígenas, e de forma oficial, reconheceu os índios como povos culturalmente diferenciados. Pela lei, essa diversidade deve ser respeitada. A lei também lhes assegura o direito de manterem seus costumes, culturas, vestimentas, religiões, línguas e tradições. Todas essas conquistas significam uma grande vitória para estes povos.

Mas as dificuldades nas aldeias continuam. Os interesses econômicos nacionais e estrangeiros também são inimigos das sociedades indígenas. Suas terras são alvos de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam as riquezas naturais nelas existentes, sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e ao meio ambiente.

Representação no Congresso Nacional
Aqui na Câmara, muitos deputados defendem os direitos dos índios. Este ano, foi criada uma comissão para investigar a morte de crianças indígenas por desnutrição na região Centro-Oeste.

Uma audiência pública realizada no último 29 de março - promovida pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional - discutiu a preservação das línguas indígenas no Brasil. (O idioma ticuna é falado atualmente por cerca de 30 mil pessoas no País, sabia?) A Comissão de Direitos Humanos e Minorias também está de olho nos assuntos que interessam à comunidade indígena.

O deputado Eduardo Valverde (PT/RO) coordena um grupo formado por cem parlamentares que lutam para que os direitos dos povos indígenas brasileiros sejam promovidos e respeitados. A Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas articula ações para que os projetos de leis e outras proposições de interesse dos índios sejam colocados em pauta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.

De acordo com Valverde, durante séculos os índios não tiveram os mesmos direitos que os outros cidadãos brasileiros. “A minha proposta principal é colocar em debate e promover mudanças na lei chamada Estatuto do Índio”, declara. Prevê, entre outras coisas, a proteção ao direito autoral e à propriedade intelectual dos índios, para garantir que os conhecimentos e modelos indígenas só sejam utilizados com autorização das próprias comunidades e em seu benefício.

A Câmara homenageará os índios em uma sessão solene, no dia 19 de abril às 10 horas. O deputado Eduardo Valverde sugeriu a realização da sessão com o objetivo de promover um amplo debate para a construção de uma política nacional indígena. “Pretendemos ouvir dos parlamentares propostas para a melhoria da condição de vida dos indígenas no Brasil, além de debatermos a importância histórica desses cidadãos para a construção de uma nação melhor”, afirma o deputado.

Funai
A Fundação Nacional do Índio (Funai) é o órgão do governo brasileiro que estabelece e executa a Política Indigenista no Brasil, fazendo cumprir o que determina a Constituição de 1988. Na prática, a Funai é responsável por promover a educação básica aos índios; demarcar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas; estimular o desenvolvimento de estudos sobre os grupos indígenas; e defender as comunidades Indígenas, entre outras coisas. Se você quiser saber mais detalhes sobre os índios brasileiros, não deixe de consultar o site da Funai.

Aqui no Plenarinho, todo mundo já está ligado nas comemorações do Dia do Índio. Nossos amigos indígenas merecem o respeito de todos os brasileiros!

Assista o especial "Índios, 500 anos de Resistência" produzido pela TV Câmara.




Autor/Fonte: www.plenarinho.gov.br
Data: 19/4/2007



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Dia de Tiradentes

Entre o fim do século XVIII e o início do XIX, as idéias iluministas e liberais foram difundidas, no Brasil, pelos estudantes que voltavam de Portugal. Assim, surgiu na colônia um forte sentimento de insatisfação frente aos desmandos e altos impostos portugueses. A crescente indignação com a exploração metropolitana fez com que se iniciassem movimentos que almejavam a separação política em relação a Portugal. A Inconfidência Mineira, a Inconfidência Baiana e a Revolução Pernambucana desejavam mais que a amenização do controle português, queriam a independência brasileira.














Os símbolos de Santa Catarina





Todas as comunidades possuem símbolos que as representam e não poderia ser diferente em Santa Catarina.

Bandeira



A bandeira do estado de Santa Catarina foi instituída inicialmente pela lei nº 126 de 15 de agosto de 1895 durante o governo de Hercílio Luz, e tinha como autor José Boiteux. A mesma lei que institui o brasão do estado de Santa Catarina.


Bandeira de Santa Catarina, adotada entre 15 de agosto de 1895 e 10 de novembro de 1937Pelo artigo 3º daquela lei, a bandeira de Santa Catarina era composta de faixas brancas e vermelhas dispostas horizontalmente em número igual ao das comarcas do Estado e de um losango verde colocado no centro da bandeira, dentro do qual havia estrelas de cor amarela, correspondentes aos municípios do estado.





Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas suspendeu o uso de símbolos nacionais, incluindo a Bandeira e as Armas, através da constituição brasileira de 1937 e do Decreto-lei nº 1.202 de 8 de setembro de 1939. Só em 29 de outubro de 1953 a Lei estadual nº 275, sancionada pelo governador Irineu Bornhausen (regulamentada em 19 de fevereiro de 1954 pelo Decreto nº 605) revitaliza o uso dos símbolos estaduais. Essa lei também alterou o desenho da Bandeira, baseando-se no desenho original, e que se mantém até hoje.















Após a alteração, a bandeira de Santa Catarina passou a ser composta de três faixas horizontais idênticas, sendo as das extremidades vermelhas e a do centro branca; sobre as faixas, um losango verde-claro que representam as cores da Santa Catarina de Alexandria.


Brasão de Armas
















Como já foi dito, a lei que criou a bandeira originou o Brasão de Armas catarinense, desenhado por Lucas Alexandre Boiteux.

De acordo com o artigo 2° da Lei nº 126, o brasão apresentava uma estrela branca; a sua frente uma águia com as asas abertas segurando em sua garra direita uma chave e com a esquerda uma âncora, entrecruzadas.

No peito da ave, um escudo com a inscrição horizontal "17 de novembro de 1889".

Emoldurando o escudo, dois ramos, à esquerda um de trigo e à direita um de café ligados por um laço de cor encarnada com o dístico - Estado de Santa Catarina - em branco. Complementando, sob a ponta da estrela está um barrete frígio.

Para cada um dos símbolos que compõem o brasão há um significado:

- Ramo de trigo: lavoura da terra
- Ramo de café: lavoura do litoral
- Escudo com a data de 17 de novembro de 1889: implantação da República de Santa Catarina
- Chave: lembrança do ponto estratégico de Primeira Ordem
- Águia: forças produtoras
- Barrete frígio: forças republicanas.



Hino de Santa Catarina


Letra: Horácio NunesMúsica: José Brazilício de Souza





Sagremos num hino de estrelas e flores

Num canto sublime de glórias e luz,

As festas que os livres frementes de ardores,

Celebram nas terras gigantes da cruz.

Quebram-se férreas cadeias,

Rojam algemas no chão;

Do povo nas epopéias

Fulge a luz da redenção.

No céu peregrino da Pátria gigante

Que é berço de glórias e berço de heróis

Levanta-se em ondas de luz deslumbrante,

O sol, Liberdade cercada de sóis.

Pela força do DireitoPela força da razão,

Cai por terra o preconceito

Levanta-se uma Nação.

Não mais diferenças de sangues e raças

Não mais regalias sem termos fatais,

A força está toda do povo nas massas,

Irmãos somos todos e todos iguais.Da liberdade adorada.

No deslumbrante clarão

Banha o povo a fronte ousada

E avigora o coração.

O povo que é grande mas não vingativo

Que nunca a justiça e o Direito calou,

Com flores e festas deu vida ao cativo,

Com festas e flores o trono esmagou.

Quebrou-se a algema do escravo

E nesta grande Nação

cada homem um bravo

Cada bravo um cidadão.


Flor Símbolo de Santa Catarina: Laélia Purpurata







A Laélia Purpurata foi descoberta por François Devos em 1847, tendo-a encontrado em abundante quantidade no litoral da então Província de Santa Catarina, e exportada para a Bélgica e Inglaterra. Nas décadas de 1920 a 1940 a Laélia foi exportada, através de Florianópolis, sendo Santa Catarina considerada o maior exportador de Orquídeas do Brasil, associando-se o nome desta flor, em termos nacionais, ao nosso Estado. Dentre todas as flores, a Orquídea é considerada flor nobre e os orquidófilos dão a Laélia Purpurata uma posição de destaque. Em 13 de dezembro de 1983, o então Governador Esperidião Amin Helou Filho assinou o Decreto n. 20.829 que “Identifica o taxon Laélia Purpurata Lidley variedade purpurata como Flor Símbolo do Estado de Santa Catarina.


















A Chegada Dos Portugueses ao Brasil - 1500










O termo descoberta do Brasil se refere à chegada, no ano de 1500, da esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se encontra o Brasil e a tomada de posse do território pelo reino de Portugal. Contudo, o termo "descoberta" não é bem aplicado, pois constitui uma visão eurocêntrica da História e desconsidera os muitos povos indigenas que viviam nas terras do atual Brasil.A viagemZarpava a grande frota de treze navios do Restelo a 8 de Março de 1500, com o objetivo formal de concluir relações comerciais com os portos índicos de Calecute, Cananor e Sofala, iniciadas na viagem de Vasco da Gama.Pelo dia 14 do mesmo mês já se encontravam nas Canárias e no dia 22 chegavam a Cabo Verde. No dia seguinte desaparecia misteriosamente o navio de Vasco de Ataíde.No dia 22 de Abril, acidente de percurso ou missão secreta de legitimação de posse, avistava-se «terra chã, com grandes arvoredos: ao monte». Ao grande monte, Pedro Álvares Cabral baptizou de Monte Pascoal e à terra deu o nome de Ilha da Vera Cruz — pensando ser uma ilha -, depois que descobriram ser um continente denominaram-na de Terra de Santa Cruz — hoje denominado Porto Seguro, no estado da Bahia. Aproveitando os alísios, a esquadra bordeja a costa baiana em direção ao norte, à procura de uma enseada, achada afinal pouco antes do pôr-do-sol do dia 24 de abril, em local que viria a ser denominado Baía Cabrália. Ali permaneceram até 2 de maio, quando rumaram para a Índia, cumprindo seu objetivo formal de viagem e deixando dois degredados e dois grumetes que desertaram. Estava iniciada a ocupação do Brasil por europeus.









O Litoral Catarinense e as Primeiras Expedições




















A revelação do Litoral catarinense foi feita pelas primeiras expedições exploradoras do Brasil. Em 1515 Juan Dias de Solis passou em direção ao Prata. Onze náufragos dessa expedição foram bem recebidos pelos índios carijós e iniciaram com eles uma intensa miscigenação. A esses aborígenes considerou-se "o melhor gentio desta costa", e " manso e propenso às coisas de Deus", segundo Anchieta.

Várias expedições se assinalam em Santa Catarina: D. Rodrigo de Acuña (1525), que deixa 17 tripulantes na Ilha, onde se fixaram voluntariamente; Sebastião Caboto (1526), que ali se abastece, segue para o Prata e retorna. Dele recebeu a Ilha, que antes era denominada dos Patos, o nome de Santa Catarina. Após Caboto, nela aportaram Diego Garcia e, muito mais tarde, em 1541, o adelantado Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, sucessor de D. Pedro de Mendonza, fundador de Buenos Aires, que dali havia mandado, antes, a Santa Catarina, seu sobrinho Gonzalo de Mendonza, em busca de mantimentos e gente, auxílio este que permitiu aos espanhóis subirem o Rio Paraná e fundarem Assunção, em 1537. Para socorrer D. Pedro de Mendonza havia partido da Espanha, no mesmo ano, uma expedição comandada por Alonso Cabrera, da qual um dos navios arribou à Ilha de Santa Catarina, deixando nela missionários franciscanos (freis Bernardo de Armenta e Alonso Lebrón).

Mantendo sempre o propósito de tomar posse do Brasil Meridional, o governo espanhol nomeou Juan Sanabria governador do Paraguai, com a missão de colonizar o Rio da Prata e povoar também o porto de São Francisco, em Santa Catarina. Morrendo Juan Sanabria, foi substituído por seu filho Diogo. Alguns dos navios da expedição lograram chegar à Ilha de Santa Catarina, onde os espanhóis permaneceram dois anos. Divididos em dois grupos, um deles rumou para Assunção; o outro, chefiado pelo piloto-mor Hermando Trejo de Sanabria, estabeleceu-se em São Francisco, de onde, após as maiores privações e sempre sob a ameaça de ataques pelos silvícolas, seguiu para Assunção. Merecem revelo na passagem da expedição Sanabria a participação de Hans Staden, que legou interessante narrativa da viagem, e o nascimento, em São Francisco, de Herdinando Trejo de Sanabria, filho de Hernando, futuro bispo e fundador da Universidade de Córdoba, na República da Argentina. Ainda em 1572, Ortiz de Zarate, a caminho de Assunção, esteve sete meses em Santa Catarina, onde praticou incríveis e inúteis violências. Foi esta a última expedição espanhola à região.

Os portugueses, inicialmente, não demonstraram grande interesse pelo território catarinense, que pertencia a capitania de Santana cujo donatário era Pero Lopes de Souza, havendo numerosas bandeiras vicentistas (séc. XVII) mas apenas com o intuito de aprisionamento dos índios que viviam na região para escravizá-los. O contigente indígena (tupis - guaranis, chamados de carijós do litoral e o grupo Jê, os Xokleng e os Kaigang no interior) foi bastante reduzido graças a expedições como as de Manoel Preto, Antonio Raposo Tavares e Jerônimo Pedroso de Barros.

O choque entre Portugal e Espanha era fatal. O primeiro conflito foi o ataque à capitania de São Vicente, o qual deu pretexto aos portugueses para combater os carijós, aliados dos espanhóis, conduzindo-os escravizados àquela capitania. Só os jesuítas se ergueram em defesa dos índios, e Nóbrega conseguiu do Governador-Geral ordem de reconduzi-los livres a Santa Catarina. Nova guerra e novo esforço jesuítico, de que resultou a lei de liberdade dos índios, de 1595.


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Povoamento Vicentista


Portugal, que já manifestara interesse em fundar uma colônia na margem esquerda do Rio da Prata, começa a encarar com muito interesse e cuidado a preservação da Ilha de Santa Catarina e avançam pacificamente. O gado, vindo de São Vicente, através dos campos, atinge o Paraguai. A notícia de minas atrai diversas levas vicentista. Em 1642 ergue-se uma capela em São Francisco que em 1660 já passa a vila. Em 1637 é o grande patriarca Francisco Dias Velho que se fixa com filhos criados e escravos na Ilha de Santa Catarina, fundando a ermida de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), nome da futura povoação. O mesmo faz em Laguna em 1676, Domingos de Brito Peixoto. A fundação da colônia de Sacramento em 1680 realça a importância dos núcleos catarinense. Apesar dos ataques de piratas, já existe, em 1695, comércio regular entre Paranaguá, São Francisco e Itajaí, expandindo-se os lagunenses até a colônia do Sacramento.


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Capitania Real de Santa Catarina


Desmembrada de São Paulo, a nova capitania cuja capital é o povoado de Nossa Senhora do Desterro - fundado pelo bandeirante paulista Francisco Dias Velho em 1673 -, nasce com o objetivo de ser uma base de apoio aos enfrentamentos militares com os espanhóis. Esses viam Sacramento como uma ameaça ao monopólio sobre a boca do rio do Prata, que funcionava como uma porta de extrema importância para mais da metade de suas colônias da América do Sul.

A criação da capitania que tem administração própria e um comandante militar que também atua como governador diretamente subordinado aos vice-reis do Brasil, coloca em cena o Brigadeiro José da Silva Paes, escolhido para ser seu primeiro governante.

Santa Catarina passa a ser, oficialmente, a partir de 1739, o posto mais avançado da soberania portuguesa na América do Sul.


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Fortificação da Ilha de Santa Catarina


Alertado sobre a importância estratégica da Ilha de Santa Catarina, situada entre o Rio de Janeiro e a fronteira portenha, pelo general Gomes Freire de Andrade, D. João V, rei de Portugal, em 1738 incumbiu Silva Paes de fortificar os pontos estratégicos da Ilha.

Sob a orientação de Silva Paes, e seguindo seus próprios planos, teve início a construção das primeiras fortalezas da Ilha. Planejou um sistema de fortificações permanentes que, apesar dos bons objetivos e da monumentalidade, não teve o utilitarismo necessário à boa defesa das entradas das barras do Norte e do Sul da Ilha. Entretanto, historicamente o sistema acabou se constituindo no maior conjunto arquitetônico militar do sul do Brasil.

Para a entrada de Barra Norte, por exemplo, implantou um sistema de triangulação formado por três fortalezas, duas situadas nas ilhotas de Anhatomirim e Ratones e a terceira na Ponta Grossa (atual Praia do Forte), na Ilha de Santa Catarina. Foram denominadas respectivamente, de Santa Cruz, Santo Antônio e Ponta Grossa. Outras fortificações foram construídas posteriormente, sem contudo fechar-se o perímetro da Ilha.

Apesar da excelente situação estratégica dessas obras o material bélico existente em cada uma delas estava aquém das necessidades. Haveria também a necessidade de tropas para guarnecer estas fortalezas e criou-se um batalhão, mais tarde transformado em regimento - o Regimento de Infantaria da Ilha de Santa Catarina - e, ainda, dada a fraca densidade populacional da região, haveria necessidade de braços para prover o sustento, produzindo alimentos, bem como para preencher os claros na tropa: daí a proposta do povoamento açoriano.


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Colonização Açoriana


A sede de colonos na nova capitania coincide com a crise de superpopulação nos Açores e Madeira. Há um movimento espontâneo de vinda para o Brasil. Resolve então o Conselho Ultramarino realizar a maior migração sistemática de nossa história. Em várias viagens foram transportados cerca de 4.500 colonos. Deu-lhes boa acolhida o Governador Manuel Escudeiro, sucessor do Brigadeiro Paes. Mas nem todas as promessas da administração colonial podiam ser cumpridas, por falta de recursos. Além disso, nem todos os imigrantes, entre os quais muitos nobres, estavam dispostos a dedicar-se à agricultura ou aos ofícios mecânicos, em obediência às ordens régias, que tinham o propósito de evitar a entrada de escravos.

Outro problema era o da localização. Recomendava a Metrópole que os colonos não se concentrassem na Ilha, mas formassem, também, núcleos no litoral, sob normas urbanísticas, insistindo ainda que casais se encaminhassem para o Rio Grande do Sul. Essas determinações que, apesar das dificuldades, foram sendo cumpridas, levaram a migração açoriana até o extremo sul do país, implantando as características do seu tronco racial: fortaleza de ânimo, simplicidade e vivacidade. E aos seus descendentes transmitiram modismos, hábitos, linguagem, que ainda neles se notam, principalmente na Ilha de Santa Catarina e no litoral que vai até o Rio Grande do Sul.

Radicados os casais na Ilha e no litoral, foram tentadas várias culturas agrícolas: o trigo, sem êxito devido a "ferrugem" que o atacava; o linho e o cânhamo, com relativo aproveitamento, e o algodão, cujo cultivo a Metrópole forçava, sob penalidades severas. Mas na realidade, a cultura que prevaleceu foi a da mandioca, que os colonos aprenderam no novo continente e dela conseguiram safras promissoras, permitindo até a sua exportação. Houve no séc. XVII a criação da cochonila, mas que desapareceu n o séc. XIX, por falta de incentivo.


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Invasão Espanhola


Em 1777, o governador de Buenos Aires, D. Pedro de Cebalos, desembarcou suas forças invasoras na enseada de Canasvieiras sem que as fortalezas disparassem um só tiro de canhão. A tomada da ilha foi tranqüila, até hoje é difícil compreender com não houve resistência de uma força de quase 2.000 homens, dos quais faziam parte tropas do Reino, do Rio de Janeiro e contigentes locais. Só em julho de 1778, em virtude do Tratado de Santo Ildefonso, obtido pelos estadistas do governo de D. Maria I, foi a Ilha restituída. Mas ficara completamente arrasada. O próprio hospital estava destruído, desde os alicerces.

Entre o novo governador, Veiga Cabral da Câmara, e o vice-rei, Marquês de Lavradio, foi decidida, após troca de importante correspondência, a distribuição de casais pelo litoral, estabelecidos em lotes que lhes permitissem a manutenção, evitando-se, assim, a sua concentração na Ilha, onde empobreciam. O último governador da capitania foi Tomás Joaquim Pereira Valente, depois general e Conde do Rio Pardo.



FONTES DA HISTÓRIA CATARINENSE-





-------------------------------------------------------------------------------Autor:Evaldo PauliProf. da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.Membro: da Academia Brasileira de Filosofia, RJ.do Instituto Histório e Geográfico de SC.da Academia Catarinense de Letras.--------------------------------------------------------------------------------


" VIAGEM AO BRASIL "Hans Staden- 1a. ed. Marburg, Hessen, Alemanha, 1557 ---------------------------------------------------------------------------------

Introdução ao texto.












1. Foi Hans Staden um aventureiro alemão, de Homberg, Hesse, cronista ao mesmo tempo que turista. Numa primeira viagem ao Brasil houvera estado em Pernambuco. Na segunda embarcou em Sevilha na expedição espanhola de Diego Sanábria, novo Governador designado do ParaguaiDividida a expedição em duas secções, antecipou-se a primeira, na qual veio Hans Staden, sobre a vinda do Governador. Era um galeão com três bergantins, levando 200 pessoas sob o comando de Johan de Salazar y Spinoza. Aportava na Baia Sul da Ilha de Santa Catarina em 25 de novembro de 1549.2. Fazendo provisão, perdeu o maior dos navios a seguir. O projeto da expedição não incluía a Ilha de Santa Catarina, que entretanto foi ser um cenário da mesma, por dois anos, até 1551. E porque já não tivesse com o que trocar víveres, passou fome.A esfacelada expedição esteve em diversas partes, - Ilha de Santa Catarina, Laguna e Ilha de São Francisco. Parte do grupo espanhol seguiu por terra para Assunção do Paraguai. Outra parte , com Hans Staden, tomou, finalmente, o rumo de São Vicente, onde este passou para novas e novas aventuras.No seu livro ocupou três páginas sobre a estadia na Ilha de Santa Catarina, a propósito da qual esclareceu que o porto se chamava Jurerê-mirim (que ele grafou Chirmirein) e o lado continental Acutia, onde estiveram e viram uma cruz.Referiu-se também a um branco que vivia entre índios carijós, chamou caiós. Isto vem esclarecer porque ocorreu uma evolução dos referidos índios, os quais por isso mesmo se assimilaram aos poucos, depois, aos bandeirantes.O mapa, que traçou da Ilha de Santa Catarina e continente fronteiriço, tem o mérito de ser o primeiro no que se refere aos detalhes.3. O livro de Hans Staden, Viagem ao Brasil, foi publicado em Marburgo, Hessen, Alemanha, em 1557. Primeira edição em português, 1892; 2-a, 1930. Já a 3-a edição se fez em nova tradução. O texto de H. Staden foi traduzido para o alemão moderno por Carlos Fouquet, com a respectiva tradução portuguêsa de Guiomar de Carvalho Franco (Publicação da Sociedade Hans Staden, São Paulo, S.P.).Não somente foi Hans Staden um cronista comum. Era também criativo em suas descrições, o que explica haver sido traduzido em muitas línguas, de sorte a difundir vastamente o que vira no Brasil, inclusive Santa Catarina.E. Pauli.--------------------------------------------------------------------------------











VIAGEM AO BRASIL(Texto a partir do final do Cap. 8.)" Como chegássemos ao grau 28 disse o capitão ao piloto que entrasse por detrás de uma ilha e deitasse âncora, a fim de ver em que terra estávamos. Entramos, então, entre duas terras, onde havia um porto excelente, deixamos a âncora ir ao fundo e deliberamos.Cap. 9. De como alguns dos nossos saíram no bote para reconhecer o porto e acharam um crucifixo sobre uma rocha.Foi no dia de Santa Catarina, no ano de 1549, que deitamos âncora, e, no mesmo dia, alguns dos nossos, bem municiados, saíram no bote para explorar a baía. Começamos a pensar que fosse um rio, que chamam rio de são Francisco, situado também na mesma província, pois que, quanto mais entrávamos mais comprido parecia.Olhávamos de vez em quando, a ver se descobríamos alguma fumaça, porém nada vimos. Finalmente, pareceu-nos ver umas cabanas e para lá nos dirigimos.Eram já velhas, sem pessoa alguma dentro, pelo que continuamos até de tarde. Então vimos uma ilha pequena na frente, para a qual nos dirigimos, a passar a noite, julgando haver ali um abrigo.Chegamos à ilha, já noite; não podíamos, porém, arriscar-nos a irmos à terra, pelo que alguns dos nossos foram rodeá-la a ver se por ali havia gente; mas não descobriram ninguém. Fizemos, então, fogo e cortamos uma palmeira, para comer o palmito, e ficamos ali durante a noite.De manhã cedo, avançamos pela terra a dentro. Nossa opinião era que havia ali gente, porque as cabanas eram disto um indicio.Adiantando-nos, vimos ao longe, uma rocha, uma madeira, que nos pareceu uma cruz e não compreendíamos quem a teria posto ali. Chegamos a ela e achamos uma grande cruz de madeira, apoiada com pedras e com um pedaço de fundo de barril amarrado e, neste fundo, gravadas umas letras que não podíamos ler, nem adivinhar qual o navio que teria erigido esta cruz; e não sabíamos se este era o porto onde devíamos nos reunir.Continuamos então rio-acima e levamos o fundo do barril. Durante a viagem, um dos nossos examinou de novo a inscrição e começou a compreendê-la. Estava ali gravado em língua espanhola: SI VEHN POR VENTURA, ECKY LA ARMADA DE SUA MAJESTAT, TIREN, UHN TIRE AY AUERAN RECADO (se viene por ventura aqui la armada de su magestad, tiren um tiro y haran recado). Isto quer dizer: se por acaso vierem navios de sua majestade dêem um tiro e terão resposta.Voltamos, então, sem demora para a cruz e disparamos um tiro de peça, continuando depois, rio-acima, a nossa viagem.Pouco depois, vimos cinco canoas com selvagens, que vieram sobre nós, pelo que aprontamos as nossas. Chegando mais perto, vimos um homem vestido e barbado que vinha à proa de uma das canoas e nos parecia cristão. Gritamos-lhe para fazer alto às outras canoas e vir com uma só a conversar conosco.Quando se aproximou perguntamos-lhe em que terra estávamos; ao que nos respondeu que estávamos no porto de Schirmirein, assim denominado pelos selvagens, e para melhor o entendermos, acrescentou chamar-se Santa Catarina, nome dado pelos descobridores.Alegrou-nos muito isto, porque este era o porto que procurávamos, sem conhecer que já nele estávamos, coincidindo ser isso no mesmo dia de Santa Catarina. vede, pois, como Deus socorre àquele que no perigo o implora com fervor.Então nos perguntou ele de onde vínhamos, ao que respondemos que pertencíamos a armada do Rei da Espanha, em caminho para o rio de La Plata, e que havia mais navios em viagem, que esperávamos, com Deus, chegassem logo para nos unirmos a eles.A isto responde ele que estimava muito e agradecia a Deus, porque havia três anos que tinha saído da província do rio La Plata, da cidade chamada La Soncion, pertencente aos espanhóis, por ter sido mandado à costa, cidade distante 300 milhas do lugar onde estávamos, para fazer com os Carijós, que eram amigos dos espanhóis, plantassem raízes que se chamam mandioca e suprissem as naus que disso precisassem. Eram essas as ordens do capitão que levara as últimas novas a Espanha e se chamava Salaser e que agora voltava com outras naus.Acompanhados então dos selvagens até as cabanas onde ele morava, ali fomos bem tratados.Cap. 10. Como me mandaram a nossa nau grande numa canoa cheia de selvagens. Pediu então o nosso capitão ao homem, que achamos entre os selvagens, que mandasse vir uma canoa, com gente que levasse um de nós a nau, para que esta também pudesse vir.Ordenou-me que seguisse com os selvagens até a nau, ausentes dela como estávamos já três noites, sem que a gente de bordo soubesse que fim tínhamos levado.Quando cheguei à distância de um tiro da nau, fez-se lá um grande alarido, pondo-se em guarda a maruja e não consentindo que mais perto chegássemos com a canoa. Gritaram-me, indagando do que havia acontecido, onde ficaram os outros e como é que vinha eu sozinho naquela canoa cheia de selvagens.Calei-me ; não respondi, porque o capitão me ordenara que fingisse estar triste e observasse o que se fazia a bordo.Como lhes respondi, diziam lá entre si: aqui há coisa; os outros, de certo, estão mortos e estes agora vêm com aquele só, para armar-nos uma cilada e tomar o navio. Queriam, então, atirar contra nós, porém, chamaram-me ainda uma vez.Comecei então a me rir e lhes disse que ficassem tranquilos, pois que lhes trazia boas novas, e com isso permitiram que me aproximasse. Contei então o que me tinha passado, o que muito os alegrou, e os selvagens voltaram sozinhos.Seguimos logo com a nau até perto das cabanas, onde fundeamos, à espera das outras naus, que se tinham desgarrado por efeito da tempestade.A aldeia onde moravam os selvagens chama-se Acutia e o homem que lá achamos chama-se João Femandez Biscainho, da cidade de Bilbáo. Os selvagens eram caiós e trouxeram-nos muita caça e peixe, dando-lhes nós anzóis em troca.Cap. 11. Como chegou a outra nau da nossa campanha, que se tinha desgarrado e onde vinha o primeiro piloto.Com cerca de três semanas de espera, chegou-nos a nau em que vinha o primeiro piloto; mas a terceira nau era perdida de todo e nada mais soubemos dela.Aparelhamos, então, para sair e fizemos provisão para seis meses, pois havia ainda cerca de 300 léguas de viagem por mar. Quando tudo estava prestes, aconteceu-nos perder a nau grande no porto, o que impediu a nossa partida.Ficamos aí dois anos no meio de grandes perigos e sofrendo fome. Tínhamos que comer lagartos, ratos do campo e outros animais esquisitos, que lográvamos colher, assim como mariscos que vivem nas pedras e muitos bichos estravagantes.Os selvagens que nos davam mantimentos, só o fizeram enquanto recebiam presentes de nossa parte; fugiram depois para outros lugares e como não podíamos fiarnos neles, dissuadimo-nos de aí continuar com perigo de perecer.Deliberamos, pois, que a maior parte dos nossos devia ir por terra para a província de Sumption, daí distante cerca de 300 milhas. Os outros iriam no navio que restava. O capitão conservava alguns de nós que iriam por água com ele. Os que iam por terra levavam, alguns mantimentos e alguns selvagens. Muitos deles, é certo, morreram de fome no sertão; mas os outros chegaram ao seu destino como depois soubemos; entretanto, para o resto dos nossos homens o navio era pequeno para navegar no mar.Cap. 12. Como deliberamos ir a São Vicente, que era dos portugueses, a arranjar com eles um navio para fretar, e terminar assim a nossa viagem; porém, naufragamos e não sabíamos a que distância estávamos de São Vicente.Os portugueses têm perto da terra firme uma ilha denominada São Vicente. Esta ilha se acha há cerca de 70 milhas do lugar onde estávamos. Era nossa intenção irmos até lá, a vermos se possível era havermos dos portugueses um barco de frete e seguirmos até o rio de La Plata, pois o que tínhamos era pequeno demais para nós todos. A este fim, alguns de nós partiram com o capitão Salazar para a ilha de São Vicente; mas nenhum de nós tinha lá estado, exceto um de nome Ramon, que se obrigou a mostrar a ilha.

Saímos, pois, do forte de Inbiassape (Sul da Ilha de SC) que se acha no grau 28 ao sul do Equinóxio, e chegamos cerca de dois dias depois da nossa partida a uma ilha chamada Alkatrases, mais ou menos a 40 milhas do lugar de onde saimos. "

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